terça-feira, 13 de setembro de 2016

LIMITES ULTRAPASSADOS





" Na política nada é definitivo; hoje se está por cima, amanhã pode se estar por baixo"(Barão de Mauá)


    


 Mas antes de Irineu Evangelista de Souza, podemos com a Mitologia entender um pouco tantos acontecimentos políticos dramáticos em nosso país. Percebo que em comum eles trazem consigo a ultrapassagem total dos limites. Resultado: poder absoluto em um dia e no dia seguinte o isolamento e a solidão 






AS MOIRAS





Na mitologia  grega o destino passa pelas mãos do feminino através das  Moiras, que é a imensa reguladora da vida e dos limites. Segundo a Mitologia clássica, ao ser ultrapassado os limites, pesa sobre nós a "mão" do destino.

 Filha da descendência original Nyx- a noite, a etimologia da palavra  Moira remete ao significado de partilha, repartir. É a divindade que determina qual a parte que pertence a cada um de nós no nascimento, favorável ou não.  Chamada popularmente também de destino, sorte ou carma.

Como não obteve uma divindade própria, uma atribuição ou forma que  se relacionasse com os humanos, as Moiras estão acima dos homens e também dos Deuses, inclusive acima do soberano do Olimpo Zeus, que apenas governava o destino criado por Elas. As decisões das Moiras são  inquestionáveis, inflexíveis e irrevogáveis.

Na mitologia Romana o destino era conhecido como Parcas, que eram três divindades: Nona, Decima e Morta. Suas funções pareciam ter uma relação mais próxima com o nascimento. Com o passar do tempo, o significado das Parcas e suas três manifestações foram sendo assimiladas pelos conceitos das Moiras gregas.

“...é a Moira, por exemplo, que impede um Deus de prestar socorro a um herói no campo de batalha ou de tentar salvá-lo quando chegou sua hora de morrer...”(Junito de Souza Brandão).


 

As Moiras também aparecem em três  formas de mulheres que fiam em silêncio a meia luz.  Representam três aspectos femininos, que são:

CLOTO, “a fiandeira”- é a mais jovem. É quem segura a roca e com o fuso  vai puxando e tecendo fios multicoloridos  de todas as qualidades, de acordo com o tipo de vida vindoura. Fios de seda dourados para as existências mais prósperas e luminosas, outras com fios de linho branco e preto para as vidas menos ressonantes e mais desafiadoras.

LÁQUESI, a “sorteadora” ou a “medidora”- É quem  dá a volta no fuso e com o fio da vida  apresentado pela irmã tece o pano da vida e mede a sua extensão. É ela quem acrescenta o elemento da chance.

ÁTROPOS, a “cortadeira” ou a “inflexível”. É a mais idosa. Com visão atenta e olhar taciturno em seu trabalho é ela quem, com sua tesoura comprida, corta o fio  improrrogável da vida; velhos, jovens, crianças, ricos ou pobres.

Juntas elas são as negociantes do carma, da ordem natural e distribuição do tempo de vida e o destino dos mortais.
  

Nenhum comentário:

Postar um comentário