" Na política nada é definitivo; hoje se está por cima, amanhã pode se estar por baixo"(Barão de Mauá)

Mas antes de Irineu Evangelista de Souza, podemos com a Mitologia entender um pouco tantos acontecimentos políticos dramáticos em nosso país. Percebo que em comum eles trazem consigo a ultrapassagem total dos limites. Resultado: poder absoluto em um dia e no dia seguinte o isolamento e a solidão
AS MOIRAS
Na mitologia
grega o destino passa pelas mãos do feminino através das Moiras, que é a imensa reguladora da vida e dos limites. Segundo a Mitologia clássica, ao ser ultrapassado os limites, pesa sobre nós a "mão" do destino.
Filha
da descendência original Nyx- a noite, a etimologia da palavra Moira remete ao significado de partilha,
repartir. É a divindade que determina qual a parte que pertence a cada um de
nós no nascimento, favorável ou não. Chamada popularmente também de destino,
sorte ou carma.
Como não obteve uma divindade própria, uma
atribuição ou forma que se relacionasse
com os humanos, as Moiras estão acima dos homens e também dos Deuses, inclusive
acima do soberano do Olimpo Zeus, que apenas governava o destino criado por
Elas. As decisões das Moiras são
inquestionáveis, inflexíveis e irrevogáveis.
Na mitologia Romana o destino era conhecido como
Parcas, que eram três divindades: Nona, Decima e Morta. Suas funções pareciam
ter uma relação mais próxima com o nascimento. Com o passar do tempo, o
significado das Parcas e suas três manifestações foram sendo assimiladas pelos
conceitos das Moiras gregas.
“...é a Moira, por exemplo, que impede um Deus de
prestar socorro a um herói no campo de batalha ou de tentar salvá-lo quando
chegou sua hora de morrer...”(Junito de Souza Brandão).
As Moiras também aparecem em três formas de
mulheres que fiam em silêncio a meia luz. Representam três aspectos femininos, que são:
CLOTO, “a fiandeira”- é a mais jovem. É quem segura
a roca e com o fuso vai puxando e
tecendo fios multicoloridos de todas as
qualidades, de acordo com o tipo de vida vindoura. Fios de seda dourados para
as existências mais prósperas e luminosas, outras com fios de linho branco e
preto para as vidas menos ressonantes e mais desafiadoras.
LÁQUESI, a “sorteadora” ou a “medidora”- É quem dá a volta no fuso e com o fio da vida apresentado pela irmã tece o pano da vida e
mede a sua extensão. É ela quem acrescenta o elemento da chance.
ÁTROPOS, a “cortadeira” ou a “inflexível”. É a mais
idosa. Com visão atenta e olhar taciturno em seu trabalho é ela quem, com sua
tesoura comprida, corta o fio improrrogável da vida; velhos, jovens,
crianças, ricos ou pobres.
Juntas elas são as negociantes do carma, da ordem
natural e distribuição do tempo de vida e o destino dos mortais.

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