quinta-feira, 15 de setembro de 2016

OS FILHOS DE URANO





Por Sandra de Assis Brasil

Você sabia que as Olimpíadas ainda não terminaram? Pois é...
Eu visualizei vários posts aqui na rede com belas fotografias e diversos comentários sobre os Jogos Olímpicos, inclusive em páginas de astrologia fazendo menção aos atletas como filhos de Marte/Ares devido ao seu espírito guerreiro, competidor e filhos de Saturno/Cronos por sua disciplina, perseverança, etc.
Pois estão em andamento as Paralimpíadas e sobre elas não há comentários. Porque será?
Segundo a mitologia grega, Urano (pai dos céus) teve vários filhos com Gaia (mãe da terra) e, desta união, nasceram os Titãs, os Cíclopes e os Hecatônquiros.
Só que Urano detestava os filhos, os considerava "gigantes desformes" para os seus padrões de perfeição inatingíveis e obrigava Gaia a devolvê-los ao seu ventre, o Tártaro.
Então, se você tiver um pouquinho de coragem, "sintonize o seu canal" e admire (despido de preconceitos) a diferença e beleza dos filhos de Urano, filhos da Mãe Terra como todos nós.
A maior deficiência a ser superada é a exclusão social.

terça-feira, 13 de setembro de 2016

LIMITES ULTRAPASSADOS





" Na política nada é definitivo; hoje se está por cima, amanhã pode se estar por baixo"(Barão de Mauá)


    


 Mas antes de Irineu Evangelista de Souza, podemos com a Mitologia entender um pouco tantos acontecimentos políticos dramáticos em nosso país. Percebo que em comum eles trazem consigo a ultrapassagem total dos limites. Resultado: poder absoluto em um dia e no dia seguinte o isolamento e a solidão 






AS MOIRAS





Na mitologia  grega o destino passa pelas mãos do feminino através das  Moiras, que é a imensa reguladora da vida e dos limites. Segundo a Mitologia clássica, ao ser ultrapassado os limites, pesa sobre nós a "mão" do destino.

 Filha da descendência original Nyx- a noite, a etimologia da palavra  Moira remete ao significado de partilha, repartir. É a divindade que determina qual a parte que pertence a cada um de nós no nascimento, favorável ou não.  Chamada popularmente também de destino, sorte ou carma.

Como não obteve uma divindade própria, uma atribuição ou forma que  se relacionasse com os humanos, as Moiras estão acima dos homens e também dos Deuses, inclusive acima do soberano do Olimpo Zeus, que apenas governava o destino criado por Elas. As decisões das Moiras são  inquestionáveis, inflexíveis e irrevogáveis.

Na mitologia Romana o destino era conhecido como Parcas, que eram três divindades: Nona, Decima e Morta. Suas funções pareciam ter uma relação mais próxima com o nascimento. Com o passar do tempo, o significado das Parcas e suas três manifestações foram sendo assimiladas pelos conceitos das Moiras gregas.

“...é a Moira, por exemplo, que impede um Deus de prestar socorro a um herói no campo de batalha ou de tentar salvá-lo quando chegou sua hora de morrer...”(Junito de Souza Brandão).


 

As Moiras também aparecem em três  formas de mulheres que fiam em silêncio a meia luz.  Representam três aspectos femininos, que são:

CLOTO, “a fiandeira”- é a mais jovem. É quem segura a roca e com o fuso  vai puxando e tecendo fios multicoloridos  de todas as qualidades, de acordo com o tipo de vida vindoura. Fios de seda dourados para as existências mais prósperas e luminosas, outras com fios de linho branco e preto para as vidas menos ressonantes e mais desafiadoras.

LÁQUESI, a “sorteadora” ou a “medidora”- É quem  dá a volta no fuso e com o fio da vida  apresentado pela irmã tece o pano da vida e mede a sua extensão. É ela quem acrescenta o elemento da chance.

ÁTROPOS, a “cortadeira” ou a “inflexível”. É a mais idosa. Com visão atenta e olhar taciturno em seu trabalho é ela quem, com sua tesoura comprida, corta o fio  improrrogável da vida; velhos, jovens, crianças, ricos ou pobres.

Juntas elas são as negociantes do carma, da ordem natural e distribuição do tempo de vida e o destino dos mortais.
  

LIMITES ULTRAPASSADOS





" Na política nada é definitivo; hoje se está por cima, amanhã pode se estar por baixo"(Barão de Mauá)


    


 Mas antes de Irineu Evangelista de Souza, podemos com a Mitologia entender um pouco tantos acontecimentos políticos dramáticos em nosso país. Percebo que em comum eles trazem consigo a ultrapassagem total dos limites. Resultado: poder absoluto em um dia e no dia seguinte o isolamento e a solidão 






AS MOIRAS





Na mitologia  grega o destino passa pelas mãos do feminino através das  Moiras, que é a imensa reguladora da vida e dos limites. Segundo a Mitologia clássica, ao ser ultrapassado os limites, pesa sobre nós a "mão" do destino.

 Filha da descendência original Nyx- a noite, a etimologia da palavra  Moira remete ao significado de partilha, repartir. É a divindade que determina qual a parte que pertence a cada um de nós no nascimento, favorável ou não.  Chamada popularmente também de destino, sorte ou carma.

Como não obteve uma divindade própria, uma atribuição ou forma que  se relacionasse com os humanos, as Moiras estão acima dos homens e também dos Deuses, inclusive acima do soberano do Olimpo Zeus, que apenas governava o destino criado por Elas. As decisões das Moiras são  inquestionáveis, inflexíveis e irrevogáveis.

Na mitologia Romana o destino era conhecido como Parcas, que eram três divindades: Nona, Decima e Morta. Suas funções pareciam ter uma relação mais próxima com o nascimento. Com o passar do tempo, o significado das Parcas e suas três manifestações foram sendo assimiladas pelos conceitos das Moiras gregas.

“...é a Moira, por exemplo, que impede um Deus de prestar socorro a um herói no campo de batalha ou de tentar salvá-lo quando chegou sua hora de morrer...”(Junito de Souza Brandão).


 

As Moiras também aparecem em três  formas de mulheres que fiam em silêncio a meia luz.  Representam três aspectos femininos, que são:

CLOTO, “a fiandeira”- é a mais jovem. É quem segura a roca e com o fuso  vai puxando e tecendo fios multicoloridos  de todas as qualidades, de acordo com o tipo de vida vindoura. Fios de seda dourados para as existências mais prósperas e luminosas, outras com fios de linho branco e preto para as vidas menos ressonantes e mais desafiadoras.

LÁQUESI, a “sorteadora” ou a “medidora”- É quem  dá a volta no fuso e com o fio da vida  apresentado pela irmã tece o pano da vida e mede a sua extensão. É ela quem acrescenta o elemento da chance.

ÁTROPOS, a “cortadeira” ou a “inflexível”. É a mais idosa. Com visão atenta e olhar taciturno em seu trabalho é ela quem, com sua tesoura comprida, corta o fio  improrrogável da vida; velhos, jovens, crianças, ricos ou pobres.

Juntas elas são as negociantes do carma, da ordem natural e distribuição do tempo de vida e o destino dos mortais.
  

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

MITOLOGIA GREGA 1

A PRIMEIRA GERAÇÃO DE GOVERNANTE




Gaia autogerou três seres iguais a ela própria: Urano-o céu, Ponto- o mar e as montanhas
Quando escurecia o céu Urano deitava sobre a terra Gaia e a cobria por inteiro. O que para nós é incesto, para os gregos era hierogamia, uma união sagrada. Desta união nasceram três seres chamados Hecatonquiros, que eram gigantes com cem braços e cinquenta cabeças com força e estatura descomunal. Três outros seres chamados Cíclopes, criaturas enormes de apenas um olho no meio da testa entre as duas órbitas ocular, que por sua força e habilidades, ficaram conhecidos como os primeiros ferreiros e metalúrgicos.
Urano era o governante absoluto do Cosmos. E como não queria nenhuma ameaça ao seu poder aprisionou seus filhos no Tártaro, na grande região
inferior, universo que veremos adiante. Estes primeiros filhos eram seres que detinham poder de personificação, força e lutavam pelo poder, mas não eram Divindades.
Os primeiros Deuses foram os que nasceram em seguida. Seis filhos chamados Titãs e seis filhas chamadas de Titânides. Com o mesmo temor, a medida que iam nascendo, todos eram empurrados de volta para o ventre da mãe Gaia.
Com todos seus filhos aprisionados, Urano reinava soberano sem ninguém para colocar em risco sua posição.






Gaia, entretanto, estava insatisfeita. Pela dor e o desconforto em ter seus filhos devolvidos para seu ventre e sendo a mãe terra, sofria ao assistir o destino que estava sendo imposto a seus filhos. Ela decide então tramar uma conspiração contra seu marido cruel e pai terrível.
Cria uma pontiaguda foice e reúne parte de seus filhos os 12 Titãs e as Titânides . Compartilha sua insatisfação e propoe um levante contra Urano. Mas todos temiam ao pai e recusaram seu apelo. Diante da insistência, o Titã mais jovem, Saturno, aceita a incumbência e é colocado a par do plano.
Munido com a foice, Saturno prepara a emboscada enquanto a noite se aproxima. Quando o céu Urano ia se deitar sobre a Terra Gaia para fecunda-la novamente, o filho corta os genitais do pai com a foice e os lança ao mar. Do sangue que cai na Terra nascem as divindades Fúrias( ). Da espuma branca que emerge quando os genitais caem nas ondas do mar, surge a Deusa Vênus.
Urano após este episódio perde seu poder e não mais aparece nos registros mitológicos.

sábado, 3 de setembro de 2016

MITOLOGIA GREGA




O MITO DA CRIAÇÃO DO UNIVERSO

Várias são as teorias de criação do universo. Algumas com fundamentação
religiosa, como nos mostra a Bíblia com o “Mito da criação”, outras científicas
como a “evolução das espécies”. Hoje podemos conhecer todas elas, avaliar e
escolher em qual acreditar, o que não era possível na antiguidade . Aqui vamos tratar criação do Cosmos a partir da mitologia greco-romana, escrita por
Hesíodo em sua obra “Teogonia”. Foi Hesíodo quem relativamente organizou
uma certa genealogia no desordenado universo mitológico. Este ordenamento,
entretanto não é cronológico, mas uma ordem que parte do indeterminado ao
determinado. Como outros mitos de criação, Hesíodo nos relata a
transformação do Caos em Cosmos.
Cumpre esclarecer que vamos tratar de uma visão politeísta do mundo, muito
anterior ao Deus monoteísta cristão que encarna, morre pela humanidade,
renasce e alimenta os homens através da comunhão.






A DESCENDÊNCIA ORIGINAL

Tudo inicia com o Caos, que era considerado uma divindade. Um
desconhecido e obscuro precipício infinito, uma massa disforme e confusa
onde a Terra se encontrava perdida. Uma contraposição ao ordenamento do
Cosmos, anterior a ordenação da Terra e seus elementos, céu, mar terem uma
identidade própria. Era prolífero, tinha o poder autogâmico de fecundar e
gerar. Originou Gaia- a terra-, Tártaro-mundo subterrâneo, Nix-a noite, Érebo- a
escuridão e Eros- o amor . Eros primeiro( que é diferente de Eros filho de
Afrodite ou Cupido filho de Vênus na mitologia romana)promoveu o movimento
das energias e o acasalamento entre elas dando origem a inúmeras divindades
como as Moiras que apresentaremos em seguida.